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Foto por Ketut Subiyanto em Pexels.com

O Brasil acompanha um movimento mundial de demissões, que se intensificou após a pandemia. O movimento, nomeado de ‘Grande Renúncia’ nos Estados Unidos, pode ter chegado ao Brasil, ainda que em proporções mais modestas e restrito a um grupo seleto de trabalhadores.

GIF Sertec_JackelyneB_300x300De janeiro a maio de 2022, o Brasil registrou 2,9 milhões de demissões voluntárias, segundo estudo feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Esse é o maior número registrado no período desde 2005.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 35,2% no volume de desligamentos por iniciativa do funcionário. O perfil dos trabalhadores que decidiram deixar os seus empregos é formado em sua maioria por homens, com ensino superior, de até 29 anos, com destaque para profissionais da área de tecnologia.

As profissões da área de Tecnologia da Informação se destacam nesse recorte, com seis das dez ocupações no topo do ranking. Os profissionais da Informática foram o subgrupo ocupacional com maior proporção de desligamentos voluntários esse ano (65,1%), seguidos pelo Técnicos em Informática (57,9%), Pesquisadores (57,0%) e Profissionais da Medicina (56,5%).

A explicação para tantas pessoas pedindo a conta em um momento cuja taxa de desemprego é de 9,3% no país são semelhantes às motivações dos americanos, mas com o toque brasileiro.

O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, explica que historicamente, os pedidos de demissão eram motivados por questões pessoais, remuneração e desafios profissionais. Na pandemia, com as mudanças nas relações de trabalho, as prioridades passaram a ser outras.

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‘Grande Renúncia’: alguns dos motivos para o ‘boom’ de demissões

  • preferência por novas modalidades de trabalho;
  • globalização do mercado, com a possibilidade de profissionais brasileiros atuarem em empresas estrangeiras sem sair do País;
  • melhores salários;
  • questões pessoais;
  • busca por novos desafios profissionais.

GIF-200x150Goulart destaca que estes profissionais brasileiros querem agendas de trabalho que favoreçam a qualidade de vida, como o híbrido, o que leva as empresas a repensarem suas ofertas de flexibilidade e de remuneração.

O estudo aponta, ainda, o desafio desse novo cenário para as empresas, que precisam recrutar e treinar um funcionário novo até que ele atinja autonomia na nova posição, o que pode afetar a produtividade da empresa.

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Fonte: Rh PORTAL