
Como oferecer ao colaborador uma experiência enriquecedora de aprendizagem?
O ensino a distância no Brasil vive um verdadeiro boom desde o início da pandemia. Se, no início, houve esse crescimento por conta das restrições impostas para o controle do vírus, hoje, mesmo com as rotinas presenciais retomando seu ritmo normal, o modelo híbrido se consolidou. Como diversas atividades permanecem sendo ofertadas pelo meio virtual, é essencial que haja melhoria nesses processos.
Porém, antes de falar de presente e futuro, é importante a gente retomar algumas informações da fase pré-pandemia. O Censo da EAD (Educação a Distância), realizado pela ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância) mostrou que as taxas de evasão em instituições de ensino com cursos 100% a distância chegavam a até 50%, ou seja, metade das pessoas que ingressaram em cursos online não os finalizaram. Bastante, não é?
Mas onde está o problema, afinal? Claro que existem múltiplos fatores econômicos, sociais e individuais que influenciam nesse resultado, mas há um outro porém: o formato das aulas. E não, isso não é diferente na educação corporativa a distância. Te explico.
Sempre fui um apaixonado por cinema, mas ao longo da minha trajetória de formação acabei me direcionando para o universo da Publicidade na faculdade. Mesmo trabalhando em lugares incríveis e tendo excelentes experiências nesse segmento, o amor pelo cinema ainda estava ali, pulsando.
E foi pensando em como conectar as paixões que comecei a buscar cursos que pudessem abrir os horizontes, mas acabei encontrando um problema: não conseguia finalizar nenhum curso online que começava. Eu achava o conteúdo maçante, mal elaborado, difícil de despertar minha atenção e me prender até a conclusão.
E foi a partir daí que veio a reflexão sobre como resolver essa dor, que com certeza não era apenas minha. Esse foi o start para que eu empreendesse no segmento da educação corporativa.
Sob essa perspectiva quero deixar aqui uma lista de três importantes coisas que você precisa saber sobre educação corporativa a distância.
1) Onboarding, treinamento, feedback… Seja qual for a necessidade, o melhor formato de aprendizagem é aquele que funciona para o colaborador, afinal ele é porta-voz do negócio. É ele quem vai, a partir do que aprendeu e absorveu, produzir melhor, criar melhor, se sentir mais capacitado e, consequentemente, trazer melhores resultados.
É uma forma de trazer para a mesa de reunião e elaboração dos projetos educacionais aqueles que serão impactados com o treinamento. Muitas vezes, quem cria o briefing e conduz todo o projeto não é a pessoa que será impactada e portanto, não sabe, muitas vezes, o que realmente querem e precisam os que acessam o conteúdo.
2) Para que o formato dê match com o que a empresa quer passar para o colaborador, as experiências precisam ser personalizadas, o que potencializa os resultados e a real capacidade de transformar o indivíduo que tem contato com o material proposto.
3) Entendo que educação corporativa digital precisa ter dois grandes objetivos: fazer com que o aluno de fato aprenda e trazer resultados consistentes para os nossos clientes. É essencial criar experiências inovadoras de aprendizado, atrelando as metas do negócio ao treinamento, o que é bom para todo mundo envolvido.
E para você, como é falar de educação corporativa a distância? Você, colaborador, já vivenciou esse tipo de experiência na sua empresa? Como foi? Você, empresário, já adotou no seu negócio? Quais foram os resultados?
Eduardo Mitelman é CEO da DNA Conteúdo Digital