O feedback é muito importante para fortalecer o laço entre o líder e os membros da equipe, além de deixar todos alinhados em relação ao propósito maior da empresa e o papel de cada colaborador.

Muitas vezes, os problemas que ocorrem em um ambiente de trabalho são causados por falta de comunicação adequada

Segundo pesquisa da ARCH Profile Solutions, quase metade dos colaboradores (43%) dizem que ficam desmotivados com o trabalho realizado ao receberem uma crítica mal elaborada, ou até mesmo que perdem totalmente a vontade de se esforçar.

Mas como fazer uso dessa prática sem que ela se torne negativa? Para Susanne Anjos Andrade, especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil (Ed. Gente), o feedback deve ser dado sempre com viés positivo. “Com o objetivo de criar um elo de confiança e um bom relacionamento interno, o feedback precisa ser utilizado tanto para elogiar um funcionário – incentivando-o a manter o bom desempenho-, como também para redirecioná-lo, solicitando que mude um determinado comportamento, sempre contribuindo para o seu crescimento e desenvolvimento como profissional”, explica.

Por mais que pareça uma tarefa fácil, é preciso tomar cuidado para que, mesmo em situações em que o líder pontue alguns erros que estão sendo cometidos, seja possível encontrar uma forma aceitável de se dirigir ao colaborador, sem desmotivá-lo. “Por exemplo, em vez de dizer que ele não pode mais chegar atrasado, fale com ele de uma maneira positiva, como: “Eu preciso que você comece a chegar mais cedo”. Assim, o feedback será uma forma de auxiliar, e não de desanimar”, exemplifica .

Essa ação também deve ser aplicada em situações contrárias, quando o funcionário é quem dá o feedback ao seu líder, pois, ao mesmo tempo em que fica sabendo o que deve continuar fazendo, e os pontos em que precisa melhorar, também pode utilizar a oportunidade para dizer ao gestor a sua opinião sobre o modelo de liderança. Dados recentes apontam que 60% da Geração Z – ou seja, aqueles que nasceram a partir de 1996 e estão totalmente ligados ao uso de smartphones – pedem esse retorno para os seus líderes e querem manter o contato com eles diversas vezes ao dia, por meio e com a ajuda da tecnologia.

A especialista explica que, por mais que alguns achem que o funcionário não agrega nada em relação ao comportamento do gestor, ele exerce, sim, um papel muito importante para que o líder também fique atento aos pontos que devem ser melhorados. “Não podemos esquecer que ele é humano, e também precisa de feedback para potencializar a sua liderança. Além disso, essa comunicação frequente é importante para que se torne um hábito. No início, é normal a pessoa se esforçar para dar um feedback e, às vezes, para pedir também. Sendo praticado constantemente, vai chegar em um momento em que ele se tornará cultura na empresa”, conclui.

O feedback traz experiência para o ser humano

Dentro as corporações, a prática de comunicação aumenta o bem-estar de todos da equipe. Porém, o feedback também pode agregar novas experiências para ambas as partes como seres humanos, já que será preciso praticar empatia – por exemplo, quando o gerente se coloca no lugar do colaborador ao imaginar a maneira como ele gostaria de ouvir as “críticas”, caso fossem com ele. Além disso, ensina as pessoas a saberem criar um diálogo para que ambas as partes troquem experiências.

Ou seja, o feedback dá espaço para que a pessoa se sinta reconhecida por tudo o que ela faz, ou para que mude algo de seu comportamento no presente, pensando no futuro. O esperado é que essa prática nas empresas – junto à transformação digital e do mundo ágil -, aconteça, cada vez mais, de forma constante e “face to face”. “A tendência, com o passar dos anos, é que deixe de ser algo engessado e se torne comum, sendo realizado por meio de uma roda de diálogo ou um espaço aberto para comunicação, onde tudo acontece espontaneamente”, finaliza Andrade.

 

Fonte: Melhor Gestão de Pessoas

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