gerenteO grande diferencial competitivo das empresas atualmente é, de fato, seus funcionários. As ideias e criatividade são diretamente proporcionais a resultados diferenciais dentro das corporações. A empresa que hoje valoriza mais seus colaboradores terá maior chance de crescer e de se destacar em meio a um mercado em constante transformação de valores e práticas.

Muitas das companhias, realmente, têm na tecnologia seu diferencial, fato muitas vezes provocado por conta da competitividade do mercado. “Entretanto, o que os donos de negócio ou altos gestores devem entender é que a empresa é tocada por seres humanos. Quando o líder procura se aproximar de técnicas de relacionamento humano, isso passa a ser propagado a todos na corporação, fazendo com que o desempenho de todos seja otimizado e, consequentemente, que os lucros sejam ampliados”, explica Luis Fernando Garcia, especialista em desenvolvimento humano e dinâmica de negócios.
Para José Marcelo de Azevedo, coordenador do curso Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos da Faculdade Anhanguera de Belo Horizonte, antes de se preocupar com o cliente externo, as organizações devem convergir seus esforços para a melhor atenção ao cliente interno. “Profissionais motivados, valorizados e reconhecidos sempre oferecem melhores resultados para suas companhias. As melhores empresas para se trabalhar são exemplos de organizações que priorizam o ser humano como diferenciais competitivos para os seus negócios”, enfatiza Azevedo.

Gestão de pessoas: o diferencial
A formação acadêmica vem evoluindo e, cada vez mais envolvendo os alunos com questões situacionais vivenciadas no ambiente de trabalho. “Estas novas abordagens enfatizam a importância do trabalho em equipe, a liderança e o relacionamento interpessoal como fatores propulsores da carreira profissional. Atualmente as competências comportamentais são tão valorizadas como os atributos técnicos”, conta Azevedo.

Já para Marcelo Masini, líder da prática de coaching, da FRANKLINCOVEY BRASIL, ainda hoje percebemos que questões desafiantes nas organizações tendem a ser analisadas sob uma ótica simplista. “Isto nos leva à uma análise míope trabalhando sobre o que mais dominamos, coisas, como o técnico e o processo, por exemplo. Acredito, porém, que nosso grande desafio de gestão esta em entender de gente e isto ainda é um desafio enorme que muitos gestores não dominam”, ressalta.
Este modelo mental ainda herança de uma já velha era industrial, mas ainda presente quando o assunto esta no campo do comportamento que na maioria das vezes é onde esta a solução dos grandes problemas organizacionais, dos desafios de liderança. Para Luis Fernando, um passo para a mudança está no autoconhecimento do gestor. “Quem aprender a lidar com os próprios vícios e a controlar as impulsividades, conhecendo a si próprio, com certeza terá um desempenho diferenciado dos demais. Aspectos como saber lidar como pessoas, dar feedbacks e se comunicar são grandes diferenciais nas empresas”, conta.

Ferramentas para a mudança
Segundo Masini, o grande desafio esta em conscientizar a alta liderança do impacto desta nova maneira de ver o jogo que estão jogando e consequentemente a importância de terem talentos, incluindo eles próprios, com habilidades necessárias a esta era que estamos vivendo onde entender de gente é fundamental.
Instrumentos de avaliação desta liderança em termos de como são percebidos como time e como constroem cultura de sua organização bem como o coaching deste time visando os gaps desta visão fazem grande diferença. “Sem dúvida, o RH que tem a visão de desenvolvimento organizacional se envolvendo no grande jogo do negócio tem um papel tão estratégico como fundamental nesta transformação que é essencial neste novo momento de visão integral do ser humano e do negócio”, resumi Masini.
Fonte:  | Portal Carreira & Sucesso