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Foto por Edwin Nava em Pexels.com

O Short Friday é uma estratégia valiosa na gestão de pessoas. Especialmente porque essa tendência contrapõe o paradigma: para produzir com qualidade e entregar resultados é necessário trabalhar sem parar. 

GIF Sertec_JackelyneB_300x300Atualmente, as empresas perceberam que proporcionar benefícios flexíveis aos seus colaboradores é muito mais vantajoso do que cobrar horários ou presença. Nesse sentido, quando oferecem a possibilidade de desfrutar parte da sexta-feira para tratar de assuntos pessoais, a organização conquista de vez o colaborador.

O que é Short Friday?

Short Friday é uma cultura que as empresas estão adotando para encurtar a semana laboral. A expressão, que em inglês significa “sexta-feira curta”, propõe a diminuição da jornada de trabalho, permitindo que os colaboradores encerrem o expediente mais cedo.

As condições do Short Friday são definidas pelo empregador em acordo com os funcionários. Assim, a Gif site (180 x 180 px) (1) (1)gestão de pessoas pode liberá-los logo após o almoço ou na metade da tarde — por volta de 15h. A periodicidade também varia: mensal, quinzenal ou semanal.

Como curiosidade, o Short Friday surgiu em Reykjavik, capital da Islândia. A cidade foi uma das pioneiras na adoção dessa cultura. E os resultados positivos conquistados com a prática se popularizaram, inspirando empresas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

Short Friday na CLT

A legislação trabalhista ainda não trata o Short Friday com clareza. Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a carga horária semanal máxima deve ser de 44 horas.

bloggif_62d819408607eSendo assim, empresas que decidem aderir a essa cultura devem compensar as horas faltantes para não haver perda da jornada. Por isso, para evitar prejuízos à produtividade, as organizações diluem as horas não trabalhadas na sexta durante a semana ou promovem reuniões extraordinárias para discutir as demandas mais urgentes.

Por outro lado, existem organizações que decidem encurtar o expediente como um benefício flexível aos colaboradores. No entanto, sem compensar as horas dispensadas.

Vale destacar que as regras referentes ao horário de trabalho interno obedecem às resoluções definidas entre empregado e empregador. Da mesma forma, os sindicatos promovem acordos coletivos para regulamentar a adoção do Short Friday.

Por não estar explícito na CLT, a prática da sexta-feira curta é oferecida espontaneamente pela empresa e ela é responsável por definir se os colaboradores farão compensação ou não.

Por que adotar o Short Friday?

Antes de conhecer as razões para adotar o Short Friday é importante saber que essa prática se difere do Day Off. A proposta do Day Off é conceder ao colaborador um dia inteiro de folga remunerada, em qualquer dia da semana.

Sendo assim, qual é a intenção da empresa em permitir um dia de trabalho mais enxuto? A primeira razão é oferecer aos funcionários a oportunidade de ter um tempo livre para tratar de seus interesses.

Essa condição é positiva, pois, apesar de muitos profissionais estarem trabalhando em home office ou cumprindo jornadas híbridas, eles nem sempre conseguem conciliar vida pessoal e trabalho.

Tenha o RH Estratégico que sua Empresa precisa! (200 × 150 px)Nesse sentido, o Short Friday representa mais do que um descanso para o colaborador. Trata-se de um investimento na qualidade de vida que promove o engajamento. Afinal, com mais tempo para administrar a vida pessoal, o funcionário consegue trabalhar com entusiasmo e tranquilidade, incrementando sua performance.

Ainda no quesito qualidade de vida, a adoção do Short Friday proporciona tempo para o profissional decidir o que deseja fazer. Seja iniciar o happy hour ou ir para casa mais cedo e desfrutar da companhia familiar.

Como saber se minha empresa pode implementar o Short Friday?

A Short Friday é para todas as empresas? A resposta é: depende. Tudo depende de conhecer seus times e entender se o comprometimento deles é suficiente para renunciar a algumas horas na jornada.

Ao analisarmos estatísticas recentes sobre o assunto, encontramos mais benefícios do que impedimentos. Um exemplo concreto vem da indústria farmacêutica. A empresa Aspen Pharma Brasil adotou o horário das 15h para dispensar todos os seus colaboradores, às sextas-feiras.

GIF-200x150Como resultado, os profissionais estão trabalhando mais felizes e confiantes. O resultado é comprometimento e produtividade. Para ter retorno garantido, a indústria estabeleceu uma estratégia, definindo quais tarefas os colaboradores devem concluir entre segunda e quinta-feira.

A Bayer, indústria química e farmacêutica, também adotou a sexta-feira curta, associada ao home office com horários flexíveis. Ao implementar uma cultura de valorização e autonomia, a alemã se tornou uma das 45 empresas mais oportunas para construir carreira.

Entretanto, não é apenas o segmento farmacêutico que resolveu adotar o Short Friday. No mundo inteiro, temos exemplos de empresas que decidiram dar mais tempo para os colaboradores cuidarem dos seus interesses pessoais. É o caso das mundiais L’Oréal, Mondelez, Henkel, Takeda e Syngenta, além da brasileira Livelo.

Logo, saber se o Short Friday serve para a sua organização pressupõe conexão entre a empresa e os funcionários. Antes, durante e após a implementação dessa cultura.

Fonte: Rh Portal