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Foto por Mikhail Nilov em Pexels.com

Por Sergio Vieira, advogado e MBA em Gestão e Negócios.

Novos profissionais, especialmente aqueles que nasceram de 2000 em diante, chamados de geração Z, não se submetem mais aos mesmos padrões sociais e comportamentais das gerações anteriores. É o que explica o advogado e MBA em Gestão e Negócios, Sergio Vieira. E como lidar com a geração Z no trabalho?

GIF Sertec_JackelyneB_300x300Para o especialista, esses são profissionais com outras formas de pensar e de agir e que não se encaixam nos perfis das vagas abertas, no modelo de trabalho versus remuneração. Esses profissionais não estão dispostos a passar pelos tradicionais processos seletivos e que quando eventualmente se submetem e ingressam nas companhias tendem a não permanecer por muito tempo na empresa e gerando uma frustração mútua tanto em si próprio quanto no empregador.

“É comum ouvirmos que ‘está molecada não está nem aí para a hora do Brasil’, que ‘querem só o bônus e não o ônus’, dentre tantas outras expressões. Contudo, a meu ver o holofote deva ser colocado sobre as empresas e não sobre estes novos profissionais”, disse.

Sergio, então, questiona: o que as empresas têm feito para atrair os melhores?

“Penso que tenha chegado, ou até mesmo passado a hora do mercado se adequar ao perfil desta nova geração e não mais o inverso. O mercado tem se adaptado, mesmo com as mudanças do mercado sendo muito mais lentas ao meu ver que as mudanças comportamentais das pessoas”.

Como lidar com a geração z no ambiente de trabalho?

O especialista continua: “temos aí a última geração das pessoas que nasceram de 2000 em diante entrando no mercado de trabalho agora, a chamada geração Z. São profissionais que já cresceram no mundo digital. Os valores pessoais, familiares e profissionais são outros.

jornal-jvn-300-px-c397-180-pxSão pessoas que não fazem mais questão de tirar carteira de habilitação ao completar os 18 anos porque as formas alternativas de transporte estão aí. Elas já começaram a trabalhar de forma remota, que podem estar em qualquer lugar, em qualquer ambiente, em qualquer horário, produzindo e entregando resultado e que não se enquadram no modelo tradicional de trabalho de segunda à sexta, 8h às 12h e 14h às 18h, batendo ponto, com hierarquia piramidal onde o chefe manda, que é o topo da pirâmide, e a base obedece”, explicou.

A consequência, para Sergio, é que quando essas pessoas entram em empresas tradicionais a tendência é que não durem muito tempo.

“Então, também devem ser mudadas as formas de selecionar os profissionais e a forma de demandar. Percebo que a mudança precisa partir das empresas e dos empresários”, afirmou.

Como contratar bons profissionais?

Vieira pontuou que é importante que as empresas revejam a forma de ingresso desde o anúncio da vaga. “Qual a mensagem quer passar para os candidatos em potencial? Passando pelo processo seletivo de uma forma que realmente extraia o melhor de cada profissional e principalmente ao ingressar na companhia o tratamento seja proporcional as características dessa nova geração.

Gif site (180 x 180 px) (1) (1)A empresa passa a missão e o colaborador tem a obrigação de entregar. Se ele vai entregar de 8h às 18h ou das 18h às 8h, tecnicamente não é pra fazer diferença, desde que ele entregue. É a forma de cobrar, a forma de acompanhar, a forma de tratar esses profissionais, a forma de reconhecê-los, não só financeiramente mas com o reconhecimento pessoal real pelo bom serviço prestado, isso tem sido um ato falho na grande maioria dos empregadores”, finalizou.

Continue seu aprendizado sobre como lidar com a Geração Z e entenda as principais razões que levam ao encerramento de contrato no seu negócio para evitar até mesmo o turnover e outros impactos.

Fonte: Mundo RH