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Foto por Rebrand Cities em Pexels.com

Um levantamento feito em seis países mostrou os preconceitos que as profissionais enfrentam ao buscar um novo emprego. Raça vem em segundo lugar.

GIF Sertec_JackelyneB_300x300De acordo com a experiência das profissionais baby boomers  (de 1946 a 1964) à geração Z (de 1997 a 2012), a idade parece ser uma barreira constante para a carreira feminina, aponta um levantamento com 1000 profissionais atualmente empregadas em 6 países, incluindo Brasil, China, México, Reino Unido, Índia e Estados Unidos. O estudo foi feito pela rede de educação Pearson e aponta que, das entrevistadas, 65% sentem que a idade é um obstáculo na hora de se candidatar a uma nova vaga.

O problema é visto como maior na faixa etária acima dos 55 anos (87%), mas também é sentido entre as mulheres com menos de 24 anos. Entre a geração X, nascidas entre 1965 e 1980, essa percepção é registrada por 80% das respondentes. Para as que têm entre 25 e 40 anos, as millennials, essa preocupação  aparece entre 55%. O estudo sugere que apenas uma faixa muito pequena de mulheres  vão para uma entrevista de emprego sem se preocupar se serão vistas como imaturas ou velhas demais para o cargo.  “Fatores como raça e idade são agravantes num processo seletivo e também para encarreiramento. Mesmo sabendo que o tema de diversidade e inclusão está em pauta , estamos longe de tornar as empresas de fato diversas e inclusivas”, Heloisa Avilez Guerato, diretora comercial da Pearson. A consultoria conduziu o estudo em parceria com a Morning Consult, empresa norte-americana de inteligência de dados.

A idade não é o único fator que pode influenciar o crescimento profissional –  na visão delas. Outros preconceitos aparecem na lista. Entre a geração X (1965-1980), 43% vê raça como outro ponto de atenção quando o assunto é carreira e trabalho. Como um todo, 40% das mulheres empregadas sentem esse mesmo problema. E, obviamente, gênero também está entre os obstáculos:  a média é de 52% entre todas as faixas etárias.

“Mesmo com o viés de gênero, as mulheres seguem buscando novas habilidades, principalmente as com foco em empreendedorismo e em liderança”, diz Guerato. Desenvolver a liderança, aliás, é uma das habilidades vistas como mais importantes para elas. Liderança (20%), gestão de tempo (18%), comunicação oral e escrita (18%) e trabalho em equipe (18%) são bloggif_5a7c5307e59cd (1)as principais características a serem desenvolvidas quando se trata do futuro da carreira. Para as brasileiras, empreendedorismo e liderança são as habilidades mais desejadas, o que conversa com o grande desejo local de ter o próprio negócio, segundo a pesquisa. Há ainda uma diferença entre gerações: enquanto as mais jovens, millennials e genZ, dão valor à capacidade de liderar, as mulheres das gerações anteriores valorizam colaboração e trabalho em equipe como grandes qualidades profissionais.

Foram ouvidas mulheres a partir dos 18 anos por meio de entrevistas online, entre agosto e setembro de 2021. Os resultados são representativos da população com acesso à internet em cada país.

Fonte: Forbes Brasil