
De acordo com o ministério da Economia, foram 38,2% a mais de admissões que demissões no período entre janeiro e maio de 2021 em comparação com ano passado
O ministério da Economia divulgou nesta quinta-feira (1°) os dados de maio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram criadas 280.666 novas vagas de trabalho formal no país. No período, foram 1.548.715 admissões e 1.268.049 desligamentos. O estoque, que é a quantidade total de contratos de trabalho formais ativos, em fevereiro de 2021 contabilizou 40.596.340 vínculos.
Em maio do ano passado, o país fechou 373.888 vagas com carteira assinada em meio ao choque do fechamento da economia após a chegada do coronavírus ao país.
De acordo com o Caged, o ano de 2021 registra saldo de 1.233.372 empregos, decorrente de 7.971.258 admissões e 6.737.886 desligamentos. São 38,2% a mais de admissões e 2,5% a menos de desligamentos que o mesmo período do ano passado, de janeiro a maio.
O salário médio de admissão foi de R$ 1.797,10.
Os estados com o melhor saldo foram São Paulo, com 104.707 novos postos, Minas Gerais, com 32.009, e Rio de Janeiro, com 17.610. Entre as atividades, o setor de Serviços puxou o saldo positivo, com 110.956 novas vagas. Em seguida está o Comércio, com 60.480 vagas a mais em maio. O indústria registrou 44.146 novos postos de trabalho, na atividade agropecuária foram 42.526 e a construção 22.611.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou aos dados durante pronunciamento para comentar os dados do Caged de maio. “Excelente notícia! O Brasil continua gerando novos empregos. É importante registrar que em todas as regiões, todas as cidade e estados, estão registando novos empregos; um processo abrangente e que mostra que a economia brasileira está se levantando. Setores fragilizados, como Serviços, estão criando empregos, foram 100 mil. Está confirmada que a recuperação da economia brasileira é bastante abrangente e o ritmo tá bastante rápido”, disse o ministro.
Guedes adiantou ainda, sem detalhar, que a Secretaria de Previdência e Trabalho anunciará novas medidas com potencial de geração de 2 milhões de novos postos de trabalho. “São medidas também muito importantes, que podem criar até 2 milhões de novos empregos exatamente na faixa mais vulnerável, jovens de 18 a 28 anos, que hoje estão sem trabalho e sem oportunidade de estarem estudando. São jovens que não tiveram justamente esse treinamento no trabalho.”
Antes de encerrar sua participação, Guedes mais uma vez celebrou os dados do Caged e agradeu a equipe da Secretaria. “Eu queria parabenizar nossa equipe de Trabalho e Previdência, e agradecer o trabalho que têm feito. Os resultados estão vindo: 280 mil empregos no mês de maio, totalizando 1 milhão e 200 mil nos cinco primeiros meses, é um ritmo forte de criação de emprego, antes mesmo das medidas adicionais que o secretário deve anunciar brevemente, nas próximas semanas.”
O ministro reforçou que o secretário Bruno Bianco está formulando um programa de treinamento no trabalho, além da renovação do benefício emergencial, e que possivelmente tornará a política de flexibilização de salários permanente com o Seguro Emprego.
Pnad
Na quarta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apontando que a taxa de desemprego no Brasil se manteve no recorde histórico da série iniciada em 2012, em 14,7%, entre fevereiro e abril deste ano, mesmo percentual alcançado no trimestre encerrado em março. Já na comparação com o mesmo período de 2020, houve avanço de 2,1 pontos percentuais (12,6%).
Se considerada a população desocupada — que se manteve em 14,8 milhões de pessoas — teve um crescimento de 3,4% (mais 489 mil pessoas desocupadas) ante o trimestre de novembro de 2020 a janeiro de 2021 e subiu 15,2% (mais 1,9 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (12,8 milhões de pessoas).
*Com informações de Reuters e Rudá Moreira, da CNN Brasil, em Brasília