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Especialista dá dicas para candidatos terem mais sucesso na busca por uma recolocação; além de sites de vagas gerais, há opções por nichos, para estágio e trainee e, também, voltadas para diversidade e inclusão

A crise do novo coronavírus intensificou ainda mais um problema que assombra os trabalhadores brasileiros: o desemprego. No ano passado, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) registraram a maior taxa de desemprego desde 2012, com 14,1 milhões de brasileiros sem trabalho.

Para aqueles que seguem em busca da recolocação ou até mesmo de seu primeiro emprego, principalmente durante a pandemia, as plataformas de vagas se tornaram cada vez mais importantes.

Segundo os especialistas, a digitalização dos processos de contratação veio para ficar, principalmente por conta da pandemia, e os candidatos que não se adaptarem ficarão para trás. “Estamos vivendo uma era na qual o candidato precisa se alfabetizar digitalmente, independentemente da idade ou formação. Se não tiver isso, a pessoa fica ausente do mundo, porque as transformações vão continuar acontecendo”, diz Denise Asnis, especialista em RH e co-fundadora da startup de empregabilidade Taqe.

Denise explica que, antes das plataformas digitais, as empresas se fechavam mais para trabalhar com candidatos locais, mas que os processos tecnológicos começaram a ampliar o escopo de pessoas que poderiam ser aptas aos processos – mudança que foi acentuada pela pandemia, com a adaptação para o trabalho remoto.

Para a especialista, o candidato também é beneficiado com isso. “É possível ser visto por um contingente maior de empresas. Antes, a pessoa precisaria ir de empresa a empresa entregar o currículo.”

Ela aponta que, por outro lado, a concorrência também é maior. Por isso, a especialista deu algumas dicas para que aqueles que estão procurando trabalho sejam mais assertivos em suas buscas:

Analise as plataformas para checar se elas têm o perfil que você almeja: foque menos em números e mais em entender o que você quer e qual é o seu perfil, se aplicando para as vagas corretas;

Busque por empresas que você gostaria de trabalhar: acesse o site das empresas, leia matérias, se informe por quais plataformas os processos seletivos são feitos;

Procure por sites que mantenham os dados das empresas e das oportunidades frequentemente atualizados;

Atualize seus dados dentro das plataformas: um perfil desatualizado pode te prejudicar;

Use palavras-chave: o uso delas pode facilitar que o  RH encontre seu perfil. “Se você trabalha na feira com sua família e coloca “ajudo na feira com a família”, tem menos chances de ser encontrado do que quando coloca “vendedor em feira livre”, por exemplo. A palavra vendedor é uma palavra-chave”, explica Denise.

Além das plataformas de vagas tradicionais, existem espaços voltados especificamente para contratação de grupos minorizados, como pessoas com deficiência, LGBTQIA+, negros, mulheres e 50+.

Gabriela Augusto, especialista em diversidade e inclusão e diretora fundadora da Transcendemos Consultoria, ressalta a importância desses espaços. “Essas plataformas são essenciais porque não são todas as empresas que estão preparadas para receber essa diversidade. Uma pessoa trans, por exemplo, pode ficar com o pé atrás para mandar o currículo para uma empresa que não é comprometida com a diversidade.”

Contudo, Gabriela faz a ressalva de que não basta apenas estar inserido dentro dessas plataformas. “É preciso preparar a empresa para receber esses funcionários. As pessoas precisam estar preparadas para a cultura do respeito.”

Confira abaixo 42 plataformas de vagas de emprego:

Plataformas de vagas

Plataformas exclusivas de estágio e trainee

Plataformas voltadas para diversidade e inclusão

  • BlackVagas: vitrine de profissionais da comunidade negra desenvolvida pelo Movimento Black Money;
  • Camaleao.co: profissionais da comunidade LGBT+
  • Contrate uma Mãe: mães que buscam recolocação com flexibilidade
  • EmpregueAfro: consultoria e recrutamento de profissionais negros
  • Empresas com Refugiados: iniciativa para inserir refugiados no mercado brasileiro
  • Ganbatte: recrutamento, seleção e desenvolvimento de jovens profissionais de grupos periféricos (classes sociais CDE; Negros; Mulheres; LGBTQ+; PcD)
  • HerForce: recrutamento de mulheres com avaliação anônima das contratantes
  • Labora: profissionais com mais de 50 anos
  • MaturiJobs: profissionais com mais de 50 anos
  • TransEmpregos: banco de vagas e currículos para pessoas trans
  • Transcendemos: conectar talentos LGBT+, negros e de outros grupos subrepresentados à empresas comprometidas com a diversidade e a inclusão
  • Vagas PCD: vagas voltadas para profissionais com deficiência

Plataformas por área de atuação

Fonte: Estadão