
Com relação ao momento atual, os dados da 13ª edição do Índice de Confiança Robert Half, apontam menos pessimismo, na comparação com maio
“A pandemia gerou movimentos inéditos no mundo corporativo. Por mais que estejamos visualizando sinais de retomada, eles ainda são tímidos e os passos devem ser dados com cautela, até que se entenda qual será o desenho do mercado quando recuperarmos o direito de ir e vir”, explica Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half. “Minha recomendação é que, até tudo se estabilizar, de tempos em tempos, os líderes façam uma nova avaliação das necessidades e estratégias do negócio. Nesse mapeamento, é importante considerar agilidade comercial, uso de novas tecnologias, metas exequíveis, composição das equipes e capacidade de gerenciar crises e riscos”, completa. Confiança dos Profissionais no Mercado de Trabalho – consolidação (Fonte: 13ª edição do Índice de Confiança Robert Half – ICRH) |
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Com base em dados da13ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) e percepções do mercado, Mantovani destaca alguns pontos para reflexão: Motivação é prioridade em qualquer momento O ICRH destacou que, neste período de pandemia, manter a equipe motivada tem sido o principal desafio de 71% dos gestores entrevistados. “No meu entender, essa deve ser uma preocupação constante dos gestores, independentemente do momento da economia, do negócio ou do País. Nesse sentido, um primeiro passo pode ser dado com alguma ação para compreender as necessidades e o perfil de cada colaborador do grupo. Pode ser por meio de uma conversa entre líder e liderado ou de metodologias do RH”, diz Mantovani. A saúde emocional do colaborador deve ser observada Para 43% dos líderes entrevistados, a saúde mental dos colaboradores é a maior preocupação diante do prolongamento da pandemia. A preocupação faz sentido. Afinal, cada profissional está enfrentando cenários específicos no home office. “Para cuidar do bem-estar emocional dos colaboradores, algumas empresas têm oferecido aconselhamento confidencial ou ações de desenvolvimento emocional. Porém, apenas o fato de o gestor dessa pessoa se mostrar mais próximo e humano também auxilia nesse acolhimento em um momento tão delicado quanto o que estamos vivendo”, exemplifica Mantovani. Os profissionais estão de olho na flexibilidade do home office Quase metade (48%) dos profissionais entrevistados para a 13ª edição do ICRH disseram que têm valorizado a flexibilidade na escolha de uma vaga. Na sondagem de janeiro, esse percentual era de 36%. “Apesar de reconhecer os benefícios do home office, minha percepção é de que ainda seja cedo para adotarmos esse modelo de trabalho como definitivo. Estamos em um período de transição e é preciso avaliar os riscos de uma mudança radical permanente durante um cenário instável como o atual”, alerta Mantovani.
Conforme aponta a13ª edição do ICRH, historicamente, o índice de desemprego entre os profissionais qualificados – aqueles com idade igual ou superior a 25 anos e formação superior completa – é significativamente inferior em relação à população geral, mesmo diante do desaquecimento do mercado. No segundo trimestre de 2020, por exemplo, enquanto a desocupação na população geral era de 13,3%, o universo de qualificados desempregados era de 5,8%. Metodologia do ICRH – Lançado em agosto de 2017, oÍndice de Confiança Robert Half (ICRH) é um indicador de difusão que varia de 0 a 100. Os indicadores de difusão são de base móvel (50 pontos), construídos de forma que os valores acima de 50 pontos indicam agentes do mercado de trabalho de profissionais qualificados confiantes. A 13ª edição do ICRH é resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half entre os dias 11 e 27 de agosto de 2020, com base na percepção de 1161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); e profissionais qualificados empregados e desempregados (com 25 anos de idade ou mais e formação superior). Todos distribuídos regional e proporcionalmente pelo Brasil, de acordo com os dados do mercado de trabalho coletados na PNAD. Para os cálculos da taxa de desemprego dos profissionais qualificados, foram utilizados os micro dados da PNAD trimestral, fornecidas pelo IBGE em seu portal, executando recortes na amostra para condizer com o perfil de profissionais qualificados. Para os profissionais contratados para projetos não foram observados os critérios estatísticos adequados, portanto seu resultado deve ser interpretado com cautela. Fonte: RPMA Comunicação |