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Foto por Andrea Piacquadio em Pexels.com

O mercado de trabalho mudou muito nos últimos tempos devido ao avanço da tecnologia e a chegada da geração Z, o que fez com que as empresas se reinventassem e alterassem diversos processos para atender aos anseios e as necessidades do novo perfil de colaborador, que diferem muito dependendo da idade de cada um. Mesmo com os desafios que permeiam esse cenário, é importante ressaltar que a diversidade de gerações traz uma variedade de perspectivas, experiências e habilidades que são elementos cruciais quando se trata de inovação na criação de um produto.

Banner Animado 300x200 NewPort“A convivência entre pessoas diferentes vai exigir maior esforço entre os envolvidos, mas é uma fonte riquíssima de aprendizado mútuo. Uma equipe diversa é capaz de compreender e entender melhor às necessidades de um mercado cada vez mais heterogêneo, como se aumentasse seu campo de visão, oferecendo soluções e serviços alinhados com as expectativas dos clientes de diferentes faixas etárias”, afirma Vivian Tenuta, Head of Human Resources LATAM da Corning.

Portanto, diante desse cenário, é fundamental que o setor de RH crie métodos específicos para cada geração. Pensando nisso, listamos cinco desafios que os profissionais da área de recursos humanos devem enfrentar durante o processo de seleção para diferentes gerações. Confira:

1 – Diversidade e Inclusão – Garantir a diversidade e a inclusão no processo seletivo é, sem dúvida, um dos maiores desafios para os profissionais de RH. “Isso porque é papel dessa área quebrar paradigmas acerca do pessoal, evitando a tendência corporativa do “as coisas sempre foram assim por aqui” ou do “em time que está ganhando não se mexe”, ressalta Vivian.

– Engajamento dos candidatos – Considerando as diferentes gerações e suas ambições, de forma geral os candidatos estão bastante criteriosos a respeito de qual processo seletivo eles querem ou não participar. “Como praticamente tudo está disponível na internet, as oportunidades e ofertas de trabalho estão mais do que nunca visíveis e sem fronteiras. Isso exige que as empresas estejam cada vez mais atentas às práticas de mercado para não perderem sua atratividade, além de requerer uma atenção especial à sua marca empregadora e reputação”, reforça Juliane Oliveira, HR Business Partner – CALA na Corning International.

3 – Entrevistas online – Independente da geração, é cada vez mais comum que as entrevistas de trabalho sejam virtuais e não mais presenciais. Isso otimiza o tempo e, consequentemente, o processo, tanto para o candidato quanto para a empresa, porém implica em possíveis problemas técnicos, como falhas na conexão, dificuldades com plataformas de videoconferência e ruídos do ambiente. Entrevistas presenciais, principalmente quando nas primeiras etapas, têm apresentado muita desistência de candidatos.

“Outro desafio dentro desse modelo é transmitir a cultura e os valores da empresa de forma virtual durante o processo seletivo, exigindo esforços adicionais para envolver os candidatos com a identidade da organização. Também deve-se ter atenção à aplicação de testes e avaliações no ambiente virtual, garantindo que sejam relevantes, eficazes e acessíveis para os candidatos que participam do processo de forma remota”, afirma Vivian.

4 – Modelo de trabalho – Muitos candidatos, principalmente da geração Z, apresentam como condição para aceitar participar do processo seletivo que a oportunidade seja para trabalho remoto/homeoffice. “Observamos que o fato da empresa oferecer um modelo de trabalho híbrido tem um peso relevante na tomada de decisão dos candidatos, que observam qual a frequência do presencial, se há flexibilidade e qual a localização física do escritório. Candidatos da geração X são mais propensos a considerar trabalho presencial, porém também estão buscando por mais flexibilidade”, analisa Juliane.

5 – Benefícios intangíveis e a busca crescente qualidade de vida – Os profissionais estão cada vez menos dispostos a sacrificarem suas vidas por uma carreira. “Essa é uma forte tendência das gerações Z e Y (nessa ordem), mas têm crescido também entre os profissionais da geração X. Isso não quer dizer que os profissionais não anseiam mais por posições e salários mais altos, mas que um fator de grande peso entrou na equação, que é a qualidade de vida e os “benefícios intangíveis”, como cultura e clima organizacional, além das oportunidades de desenvolvimento ligadas à experiência e não necessariamente ao cargo tais como flexibilidade de horário, licenças estendidas, reconhecimento e valorização”, finaliza Tenuta.

GIF 2 (300x200) - ESCAPE JUNGLEDesse modo, a partir dessas dificuldades, é preciso reforçar a importância do uso de soluções inovadoras nessa etapa, pois ela aproxima esse novo perfil de profissional das empresas. Para isso é possível utilizar tecnologias como Inteligência Artificial, plataformas de divulgação/anúncio de vagas, plataformas de recrutamento online, análise preditiva de talentos, gamificação em processos seletivos, entrevistas virtuais e assíncronas, avaliação de hard e soft skills, jornada do candidato e ferramentas de employer branding. Portanto, o setor de RH deve começar a usar a inovação no processo seletivo não como algo opcional, mas deve ser mandatório para se aproximar cada vez mais desses colaboradores.