
Como sempre digo aos meus assessorados ao treiná-los para este momento: “A entrevista não é um bicho de sete cabeças, mas se não entender toda a dinâmica que a envolve, ela se tornará, e o emprego que tanto busca pode ficar a cada dia mais distante”
O candidato a uma vaga de emprego está sujeito a passar por diferentes categorias de entrevistas ao longo de um processo seletivo: encarando em dado momento o RH, o gestor de área e em alguns casos até o Diretor da organização. Mas, a questão aqui é a insegurança que muitos profissionais ainda apresentam diante desta etapa na sua jornada por recolocação profissional.
O foco exclusivo em ferramentas como o Currículo (CV), cadastro em sites de vagas e até mesmo a utilização do LinkedIn para impulsionamento de sua personal brandig (Marca Pessoal) leva candidatos ao esquecimento quanto a preparação para a etapa da entrevista. Ocorre que, não vai adiantar ter um CV estratégico e uma marca consolidada no LinkedIn se não conseguir demonstrar de maneira lógica suas competências para o cargo disputada numa entrevista.
Esperar o convite do recrutador para participar da seleção e depois treinar para a entrevista não é eficaz, pois a preparação deve ser prévia, antecedendo muito este convite. E cabe ressaltar que se preparar para a seleção não é só estudar possíveis perguntas que o entrevistador pode fazer, vai muito além.
O bom resultado em uma entrevista online ou presencial depende, em grande proporção, de quão bem você se prepara. Para tanto, destaco abaixo 4 pontos a considerar para seu bom desempenho:
1. Chegar ao local ou estar disponível com antecedência
Deixar o recrutador esperando não é legal – do mesmo jeito que se o contrário acontecesse, acharíamos desrespeitoso o atrasado da outra pessoa, portanto, se a entrevista for online, deixe reservado um cantinho tranquilo em sua casa, escolha os equipamentos a serem utilizados e não se esqueça de comunicar seus familiares sobre seu compromisso em determinado horário. Se for presencial, pesquise o trajeto até a empresa, os custos do deslocamento e o tempo gasto.
Estes cuidados são importantes, pois assim você não fica ainda mais nervoso por medo de chegar atrasado e ter que se justificar. Sem falar que ao chegar com antecedência, você consegue descansar enquanto aguarda, tomar uma água e ficar mais “relaxado” para quando iniciar o “bate-papo”.
2. Clareza nas respostas
Não vai adiantar enrolar vários minutos em uma única resposta; objetividade e clareza são tudo em uma entrevista. Entenda a competência que o selecionador está puxando de você e escolha uma resposta lógica, com fatos que comprovem que ela faz parte de seu perfil.
Demonstre entusiasmo com a vaga e jamais terceirize erros ou fale mal de empresas anteriores.
3. O corpo fala
Nada de cruzar os braços, ficar largado na cadeira. Demonstre simpatia, sorria quando for conveniente e mantenha o contato visual. Sua postura também tem impacto significativo na avaliação final.
4. Estude sobre a empresa
Não se prenda ao site da empresa. Busque conversar com profissionais que já tenham vivenciado, ou vivenciam, a cultura da empresa para ter um panorama real do alinhamento de seus valores com o que a organização tem hoje.
Se atente a dados mais específicos da entidade, como suas metas anuais, projetos de responsabilidades sociais, dentre outros. Informações que lhe coloquem numa posição confortável quando for questionado sobre algo neste sentido.
Por fim, como sempre digo aos meus assessorados ao treiná-los para este momento: “a entrevista não é um bicho de sete cabeças, mas se não entender toda a dinâmica que a envolve, ela se tornará, e o emprego que tanto busca pode ficar a cada dia mais distante”.
Por: Paulo Augustinho