
Da contratação à folha, passando por benefícios e custos trabalhistas: como o RH precisa se preparar para a transição tributária que já começou.
A Reforma Tributária tem dominado debates financeiros e jurídicos, mas um dos setores que mais será impactado quase não está na conversa: o RH.
Isso porque a transição para IBS e CBS mexe diretamente em custos de pessoal, políticas de contratação, benefícios, repasse de preços e até na estrutura organizacional das empresas.
A seguir, destacamos os principais pontos de atenção, especialmente para RHs que querem se antecipar e evitar surpresas em 2025 e 2026.
- Custos trabalhistas podem mudar, mesmo sem aumento de salário
Com a nova lógica de tributação baseada no consumo, empresas podem ver ajustes nos custos operacionais que acabam pressionando folha, encargos e benefícios.
RH precisa acompanhar simulações, porque custos indiretos impactam decisões de contratação, reajuste e orçamento anual.
- Benefícios podem ser reavaliados
Vale-transporte, auxílio-alimentação, reembolso, programas internos etc.
Tudo isso pode sofrer reflexo dependendo de como a empresa for tributada e de como fornecedores migrarem para as novas regras.
O RH precisa entender onde a reforma encarece e onde ela alivia, para não montar pacotes de benefício “no escuro”.
- Contratação PJ x CLT ganha novos cálculos
Com a mudança de regimes e alíquotas, empresas que contratam PJ podem ver o custo final mudar, para cima ou para baixo.
Isso afeta:
- estruturação de times,
- precificação de projetos,
- terceirização,
- e até políticas de remuneração variável.
O RH estratégico precisa olhar junto com a contabilidade.
- Fornecedores mudam preços e o RH sente o efeito
Quando fornecedores de benefícios e serviços ajustam valores, o impacto cai imediatamente no departamento pessoal.
Isso afeta:
- cotações de planos de saúde,
- contratos com consultorias,
- plataformas de RH,
- benefícios flexíveis,
- treinamento e desenvolvimento.
- A transição exige mais organização documental
A fase de transição para IBS e CBS exige mais clareza de informações, inclusive sobre cadastros, categorias, códigos e contratos.
RH terá papel fundamental na:
- revisão de contratos de trabalho,
- mapeamento de cargos,
- organização de políticas internas,
- ajustes de processos.
- O RH vira peça-chave na comunicação interna da Reforma
A empresa pode se preparar tecnicamente, mas se as pessoas não entenderem a mudança, o clima pesa.
RH será responsável por:
- comunicar mudanças,
- alinhar expectativas,
- reduzir ruído interno,
- apoiar gestores,
- e manter a equipe informada sem pânico.
A Reforma Tributária não é um assunto “apenas fiscal”.
Ela é estratégica, estrutural e humana e, por isso, passa direto pelos olhos do RH.
Empresas que integrarem RH + Financeiro + Contabilidade vão atravessar a transição com mais segurança e menos improviso.
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