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Foto por Christina Morillo em Pexels.com

Especialista da ABRH-MG defende processo justo e transparente, validado pelo time, em prol da valorização dos colaboradores

Banner Animado 300x200 NewPortA escassez de mão de obra especializada é um desafio crescente para muitas organizações, que lutam para encontrar e reter talentos qualificados. Nesse contexto, a valorização dos profissionais se torna essencial para a sustentabilidade e crescimento das empresas. Em meio a esse cenário, a meritocracia desempenha um papel fundamental, segundo especialistas.

A meritocracia, tema complexo e muito discutido na atualidade, se baseia em retribuir, por justiça, as pessoas que se destacam no meio corporativo em qualquer segmento, segundo o diretor jurídico da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-MG), Guilherme Bagno, que tem mais de 20 anos de experiência nas áreas trabalhista, previdenciária e Recursos Humanos.

Na visão do especialista, quando se fala em meritocracia é preciso “individualizar, dentre outras coisas, as necessidades de cada negócio, saber em qual mercado as empresas estão inseridas, seus objetivos estratégicos e políticas de desenvolvimento de pessoas. Segundo ele, os critérios podem variar bastante e os mais comuns são: atingimento de metas definidas; produtividade; habilidades específicas, qualidade das entregas; trabalho integrado; feedback de líderes, entre outros.

“Em uma percepção coloquial, vejamos um time de futebol em que apenas 11 jogadores podem entrar em campo. Todos treinam no mesmo local. E quem joga? São os que mais se destacam em cada uma de suas posições. Os que melhor treinam, que mais se dedicam e que, principalmente, entregam mais resultados. Ou seja, a meritocracia é um sistema que visa reconhecer o resultado gerado através de suas ações”, afirma Bagno.

Para o diretor da ABRH-MG, a meritocracia, se bem aplicada e gerenciada, pode propiciar benefícios. No caso das organizações contribui no foco do atingimento dos objetivos; retenção de talentos; efetivação de planos de sucessão; melhoria no ambiente de trabalho e incentivo à colaboração. Já para os colaboradores, as vantagens são: objetividade nas avaliações; justiça e igualdade de critérios observados pela empresa; desenvolvimento e crescimento profissional.

O especialista reforça que a competição é vista como um meio de incentivar o desenvolvimento de habilidades e talentos, promovendo a excelência e o progresso pessoal e social, mas que a colaboração nunca pode ser perdida de vista, em prol dos objetivos das organizações.

“As pessoas que vão se mostrando mais aptas a fazer as coisas darem certo, são as pessoas que vão ganhando espaço dentro da empresa, que vão crescendo”, enfatiza.

GIF 2 (300x200) - ESCAPE JUNGLENo entanto, Bagno alerta que para se ter um plano meritocrático justo, que seja validado pelo time e aderente àquele ambiente organizacional, é primordial que o processo seja transparente, com regras claras e com a demonstração, em casos concretos, de como as coisas estão indo, em comparação ao que foi “combinado” e as metas a serem atingidas.

“Há quem apresente críticas a esse sistema de avaliação e retribuição, inclusive, defende que muitas vezes pode não ser verdadeiramente alcançável devido a desigualdades iniciais, falta de igualdade de oportunidades reais, discriminação estrutural ou outros fatores que podem prejudicar a igualdade de condições para todos competirem de maneira justa”,