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Técnicas de produtividade e treinamento de lideranças podem melhorar o foco no trabalho remoto, indica especialista

A Mercer Brasil divulgou os resultados da 4ª edição da Pesquisa de Trabalho Flexível e Remoto 2022, revelando que as empresas no Brasil ainda enfrentam dificuldades em adotar o modelo de trabalho flexível e remoto. Surpreendentemente, 61% das organizações não consultaram seus funcionários sobre suas preferências em relação aos modelos de trabalho.

 

Banner André Mancuzzo_Akemi e Penillo (1)A principal barreira para a adoção deste modelo, segundo a pesquisa, é a insegurança em relação à produtividade dos colaboradores, com 76% de respostas. Em segundo lugar, está o excesso de reuniões (66%), seguidos por dificuldade no acompanhamento de profissionais iniciantes na carreira (51%), posicionamento da liderança (61%) e cultura organizacional (52%).

 

“No trabalho completamente remoto, o número de reuniões é maior porque não temos mais as conversas de corredor. Mas se está todo mundo em reunião, quem está trabalhando?” questiona Marta Oliveira, instrutora de GTD® da Call Daniel, empresa especializada em treinamentos de liderança e produtividade.

 

EMGN-200x200-gif (1)A especialista indica que apesar das reuniões serem a principal forma de comunicação do regime home office e flexível, o excesso acontece devido a falta de discernimento sobre como fazer uma reunião produtiva. “É preciso saber qual o propósito de cada reunião, que pode ser brainstorming, comunicação, decisão, entre outros temas. Para cada um desses propósitos, pessoas específicas precisam estar envolvidas, e não a empresa inteira “, acrescenta Oliveira.

 

Com a pandemia muitas empresas adotaram o Home Office de forma abrupta e sem treinamento apropriado, devido a essa falta de estratégia, muitos profissionais se viram tendo que usar o tempo de descanso para dar conta das demandas. “O fato do trabalho estar dentro de casa pode aumentar a autocobrança dos colaboradores, extrapolando a linha entre relaxar e produzir, o que causa problemas emocionais. Uma liderança que não prepara o liderado para conviver com essa pressão, vai causar frustração” explica Marta Oliveira. A instrutora da Call Daniel ainda complementa: “Por isso é importante investir em treinamentos corporativos sobre produtividade, eficiência e essencialmente redução de estresse. Um profissional com autoconhecimento e que sabe se autogerenciar, vai saber quais atividades priorizar, o que otimiza o tempo de trabalho”.

 

BENEFÍCIOS CORPORATIVOSPor fim, quando implementado de forma estratégica, o regime flexível e remoto pode trazer inúmeros benefícios tanto para a empresa, quanto para o colaborador. Economia de tempo e dinheiro ao evitar deslocamentos desnecessários, flexibilidade de horários e autonomia são fatores que podem ajudar na saúde mental dos profissionais, ao permitir que dediquem mais tempo a atividades pessoais que promovam o bem-estar e reduzam o estresse, como passar tempo com a família e praticar hobbies.

Via: Missão Comunicação